Como foi a criação da marca do Growth Insight?

Bastidores do processo criativo, desde o nome até a identidade visual

Dois profissionais rodados em marketing, com experiência em branding e tudo mais, usando um processo… pouco ortodoxo, para dizer o mínimo. 

Dá uma olhada no que fizemos para a marca deixar de ser “The Collins-Witt Project” e se tornar a Growth Insight, do nome ao logo, do tagline ao manifesto.

Este post é mais um da série building in public - ou “os bastidores”, em português.

Você pode conferir os outros como o acordo de founders, a gênese do projeto, ou o nosso manifesto de marca. 

👀 TL; DR - O que você vai ler

- Como veio a ideia do nome e como priorizamos

- Briefing para a criação - como queremos ser percebidos

- Desdobramento visual da marca

- A versão final

A Origem

Já tínhamos na cabeça a nossa proposta de valor e o que queríamos como marca e negócio, baseado nas conversas que tivemos e em materiais como o acordo de founders. 

Também já tínhamos uma boa noção de cenário competitivo (mesmo que pela sua atenção), benchmarks e o que queríamos transmitir ao público.

Para transformar isso em marca, fomos por um caminho menos óbvio. 

Começamos pelo domínio. 

Acessamos o whois.com e jogamos da cabeça um monte de ideia de nome que veio à cabeça, sempre com base na nossa proposta de valor, que é de entregar insight, ensinar, te deixar mais esperto e inspirar que você faça trabalho melhor como profissional de marketing e growth.

Aí, montamos essa tabela aqui, com nomes que ambos criaram. Tinha nome de “eu já tinha esse domínio antes”, tinha nome com piadinha, tinha nome com associação distante e tinha nomes bem mais diretos, como o que escolhemos

Alguns nomes focados em Growth, outros em Marketing, alguns com piadinha…

Fizemos uma eleição simples por nota de 1 a 5, e um campo com justificativas de cada um para dar aquela nota.

Rapidinho encontramos a saída mais óbvia. Growth Insight. 

A partir disso, a gente decidiu que marca seria uma coisa importante para posicionamento e para percepção mesmo. 

O que a gente queria era fugir de marcas entediantes e de padrões de mercado que ninguém questiona - when everybody zigs, you zag.

E fizemos esse briefing: 

O Briefing

Posicionamento

  • Growth Insight é a fonte do que constrói seu ponto de vista como profissional de marketing.

  • Ajudamos você a construir seu repertório como profissional de marketing, um insight por vez.

Características de marca:

  • 🟢 comprometido, solidez ❌ boring, monótono, pasteurizado

  • 🟢 ousadia, provocação, opinião ❌ polêmica, desrespeito

  • 🟢 diversão, good vibes ❌ palhaçada, comédia

  • 🟢 novidade, startups ❌ futurismo, super tecnologias

  • 🟢 mundo real, conhecimento, profundo❌ volume, teoria, redes sociais

Do’s and dont’s visuais

  • Não pode ser boring ou igual ao que tem no mercado (só preto e branco e azulzinho, nossa marca não é um cara branco de braços cruzados e terno navy blue)

  • Paleta mais colorida agrada (The Verge, Drift). Vamos de ousadia, a ambição é que a cor ajude a identificar a marca conforme nos consolidamos (Nubank, Alice)

  • Logo construída como um símbolo (Nike, Slack, Airbnb) e não ser apenas o nome estilizado para melhorar desdobramentos e aplicações

  • Complexidade. Tem que ser fácil de desdobrar porque somos umas marmotas em design.

Emoções e Keywords

  • Manja pra c*ralho de marketing e growth (autoexplicativo)

  • Profundidade: Qualidade acima de tudo, polidez, fugir do que é raso. Precisa gerar reputação.

  • Nerdice: referências tech e nerds, muito estudo.

  • Inusitado: fugir do que é comum em olhares, cores, papinho, visual. “When the world zigs, you zag”

  • Bom humor: leveza, bom humor, alguma pitada de diversão. Legal de ler.

  • Firmeza: não ficar em cima do muro quando não precisa. Ser unapologethic. Dar opinião e tomar partido de ideias quando precisa. Pimentinha eventual para defender algo.

  • Skin in the game: executivos com experiência real. anti bullshit

Quando fomos desdobrar para a parte visual, decidimos investir e contratamos o excelente designer (e grande amigo) Vitor Chammas.

Entregamos esse briefing e fomos para o processo de criação e aprovação mais caótico possível, do jeitinho que o diabo gosta, com grupo de WhatsApp com todo mundo envolvido. 

O primeiro desenho

Antes de recebermos qualquer devolutiva, eu fiz esse desenho e coloquei como foto do grupo de WhatsApp. O desenho era tão feio e tão esquisito que queria forçar alguma coisa melhor rápido - sim, sou uma pessoa ansiosa.

Era para ser um G e um cérebro. Ficou parecendo uma noz estragada. Ainda bem que fomos em outra direção.

Obviamente descartamos instantaneamente essa marca. Quando começou o nosso fluxo de criação de verdade, a coisa foi andando bem.

Chammas enviando print da tela e a gente escolhendo e opinando.

Logo, fontes, espectro de composição, tudo indo tranquilo.

Conforme o briefing, era importante pra gente ter um símbolo que pudesse ilustrar os valores da marca e contribuir com a comunicação no desdobramento de peças.

O processo de criação foi bastante orgânico, começando com a ideia de seta apontando pra cima, o ponto de partida de qualquer marca relacionada à growth já criada (ou não) neste planeta.

Logo isso evoluiu para uma associação entre um quadrado representando uma caixa e um asterisco representando um insight. Combinados ainda representam uma distante memória da seta apontando pra cima.

As cores 

Passamos por um monte de cores até chegar nas certas.

A decisão das cores finais foi o que mais me chamou a atenção, especialmente vindo de um trio (Witt, Collins, Chammas) amplamente letrado em psicologia das cores, como isso impacta uma marca, percepções que cada cor leva, etc. 

Depois das discussões fundamentadas…

A gente foi por uniformes da NBA. Sério.

Quando travamos em opções que ainda não estavam tão legais, ampliamos o espectro e as referências, e eu encontrei uma boa inspiração na linha “City Edition” que a Nike faz para os times de basquete, que geralmente tem uma pegada mais ousada. 

Vimos alguns e o que a gente gostou mais foi esse aqui do Miami Heat. Os finalistas foram Los Angeles Lakers, Utah Jazz e Phoenix Suns.

Esse degradê do azul para o rosa agradou por ser bem pouco usual. Ainda vamos de preto como cor predominante, mas tem uma combinação boa.

Daí, determinado o key visual, o desdobramento foi mais simples em todos os pontos de contato. E-mail, newsletter, site, social media, entre outros. 

Bom, esse foi um pouco do processo de criação da marca que nasce agora. Bem diferente das estruturas que estamos acostumados, mas com viés de ação forte (“essa p*** precisa lançar essa semana! bora bora bora!”) e bastante diversão.

O que você achou da marca?

Pode responder o e-mail mesmo!

Alguns outros desdobramentos :)

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