[Manifesto] A newsletter que ninguém pediu

Conteúdo sobre marketing, produto e startups para quem precisa resolver problemas complexos

Eu e o Felipe Collins lançamos uma newsletter e as apostas estão contra a gente, dois motivos são particularmente fortes.

Não há, no mundo, espaço para mais uma newsletter.

O e-mail é um morto-vivo.

Ano após ano:

  • Haters seguem reforçando os problemas e ineficiências do canal;

  • Marqueteiros agnósticos seguem construindo suas campanhas;

  • Marqueteiros ruins seguem enviando spam;

  • Um grupo eficiente usa e-mails como fundamento de seus impérios.

E, no mundo, tudo que temos a oferecer são 30 segundos.

A tiktokzação do conteúdo está consolidada, invertendo a ordem da relação algoritmo-humano.

Antes, o comportamento humano determinava a configuração do algoritmo, hoje, são os algoritmos que determinam qual conteúdo será consumido.

No reino dos negócios digitais, o algoritmo é um ditador implacável e quem entra em seus domínios deve jogar conforme as regras ou cair no esquecimento. O consumo, portanto, é cada vez mais rápido.

Blog virou feed, vídeo virou gifs, áudios estão em 2x e palavras viraram emojis.

Consumo de conteúdo está cada vez mais bite-sized

Uma newsletter não cabe nessa realidade.

Claro que usaremos as mídias disponíveis para crescer o número de seguidores. Mas o foco é em entregar conteúdo profundo. E nossa ideia vai funcionar por conta do nicho que estamos atacando.

Criamos para profissionais que precisam resolver problemas complexos e querem prosperar em suas carreiras.

Essa é a brecha para produzir conteúdo denso, profundo e complexo: arranhar a superfície de um tema faz de você uma pessoa curiosa, dedicar tempo para entender e refletir te faz um profissional competente.

Para isso nós vamos resolver dois problemas:

  • o paradoxo da abundância;

  • e a anatomia de um insight.

O paradoxo da abundância

Em todos os ambientes, a abundância é um paradoxo: é ruim para o consumidor médio, excepcional para consumidores conscientes.

O mais clássico dos exemplos é o da abundância de alimentos: o consumidor médio nunca se alimentou tão mal - segundo OMS, obesidade é a segunda principal causa de morte no mundo - e, ao mesmo tempo, nunca se falou tanto sobre hábitos saudáveis de exercício e alimentação.

O mundo moderno sofre do mesmo paradoxo em relação à informação.

O volume obsceno de conteúdo disponível leva o consumidor médio a se distrair com migalhas, sendo informado a partir de tweets e reels, estudando através de posts no LinkedIn e podcasts de 20 minutos.

Querendo prosperar em um mundo abundante, um tipo diferente de consumidor abre mão dos excessos - do conteúdo industrializado por algoritmos - em favor de um único pedaço de conteúdo altamente nutritivo.

"Contra aqueles, e há muitos deles, que confundem eficiência com frenesi, propomos a vacina de uma porção suficiente de prazer garantido, a ser apreciada de forma lenta e prolongada." - Slow Manifesto, Paris 1989.

Nossa proposta é que, ao assinar a Growth Insight, você não consuma mais um conteúdo, mas sinta segurança para consumir menos.

O que você encontrará aqui é conteúdo sobre a cena das startups (marketing, growth, produto, gestão) capaz de te ajudar a resolver problemas complexos, um insight por vez.

Mas o que é insight?

A anatomia de um insight

A palavra 'insight' é usada diariamente nas reuniões, publicações e amplamente aceita no dicionário corporativo.

Mas o que é, de fato, um insight?

Era por esse momento de hesitação que eu esperava, essa puxada de ar seguida de uma travada enquanto você busca por palavras.

Isso representa a ausência de uma resposta óbvia.

Essa falta de compreensão coletiva é mais do que um desalinhamento entre conceitos parecidos, nós usamos a palavra “insight” de forma errada - assim como “medíocre”, “através” ou “de encontro” - e isso nos impede de reconhecer seu valor.

Enquanto procurava por uma definição melhor do que a proposta genérica dos dicionários, esbarrei com o livro seminal de Gary Klein: 'Seeing What Others Don't: The Remarkable Ways We Gain Insights'.

Foi quando eu tive meu momento 'Eureca!', já na capa do livro Klein reforça o valor de um insight: ver o que os outros não conseguem.

Ele ilustra exemplos de insights que mudaram o mundo - como a compreensão de Darwin sobre a evolução - e define um insight como "uma mudança inesperada na forma como compreendemos as coisas", representada na imagem abaixo.

Modelo do caminho triplo
Fonte: Seeing what others don’t: The remarkable ways we gain insights.

Essa é a origem do Growth Insight: duas mentes de marketing inquietas dedicadas a criar conteúdos profundos para ajudar quem tem desafios complexos a superá-los, um (growth) insight por vez.

Não aprendemos só com experiências, aprendemos refletindo sobre as experiências

Qualquer pessoa que se aventure pela educação, produção de conteúdo e, principalmente, andragogia, deveria conhecer John Dewey, pedagogo e filósofo cuja obra se dedicou à educação.

Nesse contexto, o conceito de experiência é tão importante para ele que chega afirmar que “uma onça de experiência vale mais que uma tonelada de teorias".

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